quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Radares Meteorológicos


O Brasil acordou para a demanda de radares meteorológicos. Alguns centros estaduais estão instalando seus radares e o próprio governo federal já está empenhado a instalar novos radares nos próximos anos.
Com uma precisão de um quarteirão (cada pixel possui aproximadamente 1 km x 1 km de área), o radar é utilizado basicamente para detectar o tipo de tempestade, seu tamanho e a área de abrangência.

E o mais impressionante é a área de cobertura: cerca de 200 kme-se, por exemplo, detectar em qual bairro uma tempestade está se desenvolvendo e a partir desta informação prever a sua possível trajetória nos próximos 30 minutos ou uma hora.
de raio em relação ao sensor de recepção. Com um investime
nto de mais de 5 milhões de reais, o radar é capaz de gerar imagens a cada 5 minutos e informar a trajetória das tempestades, auxiliando a tomada de decisão em diversas atividades sócio-econômica em curto prazo (1 hora).
Por exemplo, na imagem de refletividade do Radar Meteorológico do Simepar (www.simepar.br) do dia 07 de fevereiro de 2012 às 15:40 (figura ao lado) observa-se que a chuva está localizada no litoral do Pa
raná. As tempestades estão espalhadas na forma das chamadas células de convecção, áreas em vermelho, e chuva leve ou fraca (áreas em amarelo e verde, respectivamente. Pela imagem é possível detalhar remotamente em quais municípios há a ocorrência de tempestades e até mesmo da possibilidade de chuva de granizo.
Por isso, o radar meteorológico é considerado um dos mais importantes componentes para os centros operacionais de meteorologia e um grande aliado na detecção de tempestades para os meteorologistas.


O que o radar meteorológico mede?
As principais variáveis obtidas por radares meteorológicos Doppler são:
Refletividade: entre 0 e 70 dBZ é possivel verificar o tip
o de nuvem, se é estratiforme (que provoca chuva de fraca intensidade) ou convectiva (tempestades) e também o tipo de hidrometeoro presente: água líquida, gelo, neve ou graupel (um tipo de granizo).
Velocidade Radial: mede a direção e a velocidade em que um alvo se aproxima ou se afasta do radar. O alvo normalmente é o próprio hidrometeoro (goticula ou gelo na nuvem). Pela variação da frequência do sinal retroespalhado é possível obter a velocidade deste.
Largura espectral: é uma medida da turbulência na região do alvo amostrado. É pouco usado na meteorologia operacional.

Estratégia de Medição:

O radar normalmente gira 360 º a partir de seu eixo em várias elevações, usualmente de 0º a 30º. As varreduras sobrepostas geram uma figur
a tridimensional num raio de 200 km, permitindo a análise do perfil vertical de uma tempestade de até 15 km de altura. Ou seja, faz uma espécie de "raio X" da atmosfera. O feixe eletromagnético opera na frequência do microondas, entre 1 a 10 GHz.
Assim, o meteorologista pode dimensionar a severidade da tempestade e emitir alertas à sociedade e sistemas de defesa civil.